Hoje algo me ocorreu. Estupidamente ineficaz eu tentei encontrar um significado sem propósito para “Semita Vitae”.
Confesso ter feito papel de estúpida parada em meio ao Viaduto do Chá no centro de São Paulo olhando em busca de uma essência em meio à multidão.
Entre homens e mulheres de toda a parte, étnicos e conceitualmente diversificados, tão iguais em seus propósitos mas tão indiferentes à sua empatia, lá estava eu, imóvel, arriscando os segundos desvalorizados e vendidos do meu dia, a questionar... Onde diabos estão indo todos vocês?
Como se o tempo estivesse a persegui-los todos pareciam irritados pelo despropósito e eufóricos pelo Imaginário, seguindo seus caminhos vazios e recheados da própria indiferença, passavam entupidos de soberba como se fossem únicos no mundo, foi quando eu pensei, a necessidade egocêntrica é de fato algo imundo.
E lá continuava eu, recostada ao parapeito do viaduto olhando a avenida abaixo dos meus pés. São Paulo e sua confusão magnífica, suas intermináveis ruas que cruzam não só caminhos como vidas, me senti na Grécia Antiga, como personagem centenário de uma historia de medo, confusão, caminhos e um propósito maior... no mundo limitado do Minotauro...Sobreviver!
Em busca de respostas para perguntas jamais feitas, tentando achar saídas de portas as quais eu não cruzei, eu me dei conta de que para quem esta perdido qualquer caminho é rumo e que alguns nascem para isso, o dom de questionar a própria pergunta é indescritível...
Alguns preferem se guardar em silencio ou gritar a escravidão de si mesmo em agradecimento ao pouco que lhe é concedido...alienados...
Esta definitivamente não seria a descrição cabível a mim...
Entre o conforto e a confusão eu não tenho duvidas para escolher a segunda opção...não pretendo acertar, por isso não me dêem formulas certas... deixem que eu mesma as crie, encontrando a minha maneira, o meu caminho.
Questione-se todo o tempo, mas jamais duvide de conseguir uma resposta no final.
Predestinada ao labirinto, esta sou eu!
L. A.
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